segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Em palestra na Câmara, físico vai alertar sobre os perigos da Usina Nuclear

O professor-doutor Augusto Brandão d’Oliveira, mestre em Engenharia Nuclear e Física Nuclear da Unesp de São José do Rio Preto de Bauru, participará da sessão da Câmara na próxima segunda-feira (05), às 21h, para falar sobre os impactos da instalação de uma usina nuclear na região de Araçatuba.
A vinda de uma autoridade para esclarecer a população sobre o assunto já estava programada pela Câmara desde junho passado, quando os vereadores aprovaram por unanimidade um requerimento de repúdio de autoria de Arlindo Araujo (PPS) contra a possível instalação de uma usina nuclear na região.
O requerimento foi proposto logo após a declaração do presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro da Silva, de que a região do Baixo Tietê seria uma das áreas a receber uma usina nuclear. O local provável seria entre a usina hidrelétrica de Ibitinga e a foz do rio Tietê, em Itapura.
Desde então, o vereador Arlindo Araujo iniciou um abaixo-assinado que ganhou adesão de sindicatos, vereadores, partidos, pessoas que militam em defesa do meio ambiente, ONGs e políticos de outras cidades da região. No total foram recolhidas quase 11 mil assinaturas.
A mobilização contra a instalação de uma usina nuclear na região também ganhou adesão das ONGs Rede Cidadania, de Araçatuba; da 3 A, de Andradina; e da ECONG de Castilho, Câmaras Municipais de diversos municípios, entre eles a de São José do Rio Preto, Birigui, Promissão e Castilho.
Agora, o movimento que era restrito à região de Araçatuba se tornou um movimento estadual, intitulado Movimento contra as Usinas Nucleares (MCUN). Em seu abaixo-assinado, lideranças do MCUN, espalhadas em todo o Estado diz o seguinte: “O presente abaixo-assinado é político-apartidário, isto é NÃO PERTENCE a nenhum partido político. TODOS poderão assinar. Tão pouco é um documento pertencente a alguma religião, ordem, etc. Não é um documento da Maçonaria. Pretende ser um documento da cidania, e como tal, pode vir a ser apoiado, como aliás já esta sendo, por várias Instituições de diversas naturezas e cidadãos independentes.
Nossa intenção é que uma movimentacao popular gigantesca possa fazer com que o governo volte atrás em sua decisão de nuclearizar o Brasil, e caso não consigamos isto apenas com um expressivo número de assinaturas, que consigamos forçar pelo menos um plebiscito a respeito, após reunirmos o número necessário de um milhão de assinaturas.

O vereador Arlindo Araújo defende que, além de cara e pouco competitiva, essa alternativa de geração de energia oferece enorme risco em caso de acidente, além de representar uma opção economicamente viável para o combate ao aquecimento global. “A região já é um pólo produtor de energia e que dispõe de fontes limpas e renováveis para a geração de eletricidade, como a hidrelétrica e a biomassa”, lembra ele.
Essas informações também estão no Blog do Arlindo.

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