Mirandópolis-SP. – Na última semana esteve em visita ao município, um dos primeiros profissionais em impressão gráfica de Mirandópolis, Antônio Carrilho e juntamente ao seu irmão José Carrilho, tipógrafo paginador aposentado contaram um pouco de sua história profissional ao Diário de Fato.
A família Carrilho, natural de Penápolis chegou a Mirandópolis por volta de 1942, de carroça. Foram aproximadamente cinco dias de viagem transportando os móveis e demais pertences.
O chefe da família, Afonso Carrilho veio para a “Cidade Labor” com a esposa Encarnação Carrilho e seis filhos ainda criança, em busca de melhor qualidade de vida. Instalou-se na Rua João Bazaga, que na época era chamada de Rua Piratininga e por aqui trabalhou como carroceiro.
Dos filhos, dois optaram pelo trabalho em gráficas: Antônio e José Carrilho. Ainda meninos iniciaram na Gráfica de Idanir Antônio Momesso e com vontade e dedicação em aprender cada vez mais, em pouco tempo adquiriram experiência e bateram asas para outras cidades, deixando suas marcas por várias gráficas que passaram.
Antônio Carrilho, 74 anos, trabalhou na Gráfica de Idanir na época nomeada “Gráfica Paulista” em 1949. Em 1952 foi trabalhar na “Gráfica Belentani” em Araçatuba; quatro anos depois ingressou na “Editora Brasil” permanecendo até 1966, de onde prestou serviços na “Gráfica Monte Sião”, até a data de sua aposentadoria em 1980.
Mesmo com a aposentadoria, Antônio não cessou suas atividades, pois continuou fazendo trabalhos extras em várias gráficas de São Paulo.
Até os dias de hoje, guarda com carinho um exemplar de um dos primeiros jornais publicados em Mirandópolis, “A Cidade” de 1949.
José Carrilho tem em sua história grandes semelhanças à do irmão, pois o considera seu “mestre” na profissão, reconhecendo humildemente a paciência e sabedoria de Antônio, quando ensinou os primeiros passos de sua ampla carreira de tipógrafo.
Em 1953, quando teve seu primeiro emprego, também na “Gráfica Paulista”, José tinha apenas 12 anos, e naquela época seu pai o levava até a gráfica, pois nem todas as ruas possuíam iluminação e o trabalho exigia horário flexível.
Após seis anos de experiência na “Paulista”, José mudou-se para São Paulo com seu irmão e trabalhou na “Gráfica Irmãos Gonçalves”. Por doze anos, foi funcionário da “Editora Saraiva”. E de 1975 a 82, passou por outras três tipografias.
Faltando apenas seis meses de trabalho para obter o direito de aposentadoria, José Carrilho voltou para Mirandópolis e na mesma gráfica que iniciou a carreira, completou o tempo e se aposentou.
Este fato foi por muitas vezes ressaltado por Idanir Momesso, enquanto vivo, pois dizia que “era algo do destino”.
Aposentado desde 1982, José não parou suas atividades, trabalhando por mais 5 anos na “Gráfica Paulista” e mais cinco na “Alves Tipografia” de Joaquim Alves. Também trabalha como sorveteiro e produz carimbos na “Sto. Antônio Formulários” de Francisco Antônio Passareli Momesso.
Amante de poesias e sábios pensamentos, José Carrilho possui um caderno de versos que um dia espera publicar, é residente da Rua João Bazaga em frente a Auto Elétrica de seu genro Luiz Montanhera.
Os filhos de José, também são grandes colaboradores para o desenvolvimento da cidade: José Antônio Carrilho, proprietário da Auto Elétrica “Carrilho” e Rosemeire Aparecida Carrilho Montanhera.
A profissão está extinta
Tipografia foi uma profissão muita reservada, mas que absorvia grupos de artífices de várias especialidades, desde a fabricação do papel ao fundidor de caracteres, passando pelo compositor, impressor, encadernador, mais tarde o fotogravador, etc.
Com o advento da Revolução Industrial e seu crescente desenvolvimento, na invenção e construção de máquinas, que veio a refletir-se nas várias profissões, a Tipografia, como arte divulgadora de progresso, não poderia ficar alheia a evolução tão significativa.
A técnica artesanal já não correspondia às necessidades de um mundo em revolução de idéias e costumes, onde o livro era indispensável como instrumento de acompanhamento e formação.
Hoje não existem mais empregos de tipógrafos e nem impressores, a tecnologia substituiu a mão-de-obra humana por máquinas que realizam o mesmo trabalho com maior velocidade.
A família Carrilho, natural de Penápolis chegou a Mirandópolis por volta de 1942, de carroça. Foram aproximadamente cinco dias de viagem transportando os móveis e demais pertences.
O chefe da família, Afonso Carrilho veio para a “Cidade Labor” com a esposa Encarnação Carrilho e seis filhos ainda criança, em busca de melhor qualidade de vida. Instalou-se na Rua João Bazaga, que na época era chamada de Rua Piratininga e por aqui trabalhou como carroceiro.
Dos filhos, dois optaram pelo trabalho em gráficas: Antônio e José Carrilho. Ainda meninos iniciaram na Gráfica de Idanir Antônio Momesso e com vontade e dedicação em aprender cada vez mais, em pouco tempo adquiriram experiência e bateram asas para outras cidades, deixando suas marcas por várias gráficas que passaram.
Antônio Carrilho, 74 anos, trabalhou na Gráfica de Idanir na época nomeada “Gráfica Paulista” em 1949. Em 1952 foi trabalhar na “Gráfica Belentani” em Araçatuba; quatro anos depois ingressou na “Editora Brasil” permanecendo até 1966, de onde prestou serviços na “Gráfica Monte Sião”, até a data de sua aposentadoria em 1980.
Mesmo com a aposentadoria, Antônio não cessou suas atividades, pois continuou fazendo trabalhos extras em várias gráficas de São Paulo.
Até os dias de hoje, guarda com carinho um exemplar de um dos primeiros jornais publicados em Mirandópolis, “A Cidade” de 1949.
José Carrilho tem em sua história grandes semelhanças à do irmão, pois o considera seu “mestre” na profissão, reconhecendo humildemente a paciência e sabedoria de Antônio, quando ensinou os primeiros passos de sua ampla carreira de tipógrafo.
Em 1953, quando teve seu primeiro emprego, também na “Gráfica Paulista”, José tinha apenas 12 anos, e naquela época seu pai o levava até a gráfica, pois nem todas as ruas possuíam iluminação e o trabalho exigia horário flexível.
Após seis anos de experiência na “Paulista”, José mudou-se para São Paulo com seu irmão e trabalhou na “Gráfica Irmãos Gonçalves”. Por doze anos, foi funcionário da “Editora Saraiva”. E de 1975 a 82, passou por outras três tipografias.
Faltando apenas seis meses de trabalho para obter o direito de aposentadoria, José Carrilho voltou para Mirandópolis e na mesma gráfica que iniciou a carreira, completou o tempo e se aposentou.
Este fato foi por muitas vezes ressaltado por Idanir Momesso, enquanto vivo, pois dizia que “era algo do destino”.
Aposentado desde 1982, José não parou suas atividades, trabalhando por mais 5 anos na “Gráfica Paulista” e mais cinco na “Alves Tipografia” de Joaquim Alves. Também trabalha como sorveteiro e produz carimbos na “Sto. Antônio Formulários” de Francisco Antônio Passareli Momesso.
Amante de poesias e sábios pensamentos, José Carrilho possui um caderno de versos que um dia espera publicar, é residente da Rua João Bazaga em frente a Auto Elétrica de seu genro Luiz Montanhera.
Os filhos de José, também são grandes colaboradores para o desenvolvimento da cidade: José Antônio Carrilho, proprietário da Auto Elétrica “Carrilho” e Rosemeire Aparecida Carrilho Montanhera.
A profissão está extinta
Tipografia foi uma profissão muita reservada, mas que absorvia grupos de artífices de várias especialidades, desde a fabricação do papel ao fundidor de caracteres, passando pelo compositor, impressor, encadernador, mais tarde o fotogravador, etc.
Com o advento da Revolução Industrial e seu crescente desenvolvimento, na invenção e construção de máquinas, que veio a refletir-se nas várias profissões, a Tipografia, como arte divulgadora de progresso, não poderia ficar alheia a evolução tão significativa.
A técnica artesanal já não correspondia às necessidades de um mundo em revolução de idéias e costumes, onde o livro era indispensável como instrumento de acompanhamento e formação.
Hoje não existem mais empregos de tipógrafos e nem impressores, a tecnologia substituiu a mão-de-obra humana por máquinas que realizam o mesmo trabalho com maior velocidade.
Transcrito do Jornal "Diário de Fato"
Um comentário:
A profissão sobrevive no setor de hot-stamping. Eu possuo um equipamento de impressão com tipos e por enquanto vivo disso. Mas já há alternativas sem os tipos, porém ainda muito caras.
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